Além da curadoria musical da SIM SP, Dani Ribas este ano participou também da equipe de seleção de showcases da 4a. edição do Festival Música Estranha, idealizado pelo compositor e produtor Thiago Cury, que faz a direção artística do festival.
O Festival destaca a música experimental e de concerto, indo desde a eletroacústica e a eletrônica ao pop experimental.
O Festival Música Estranha nasceu de uma inquietação de Thiago como artista. “Sempre pendulei minha carreira artística no processo de misturar gêneros musicais. Numa temporada que fiquei na Europa, encontrei esse espaço do que eu chamo de ‘música exploratória’ e voltei de lá com vontade de fazer um festival que tratasse a questão da música pós-gênero/além do gênero“, explicou curador em entrevista à Vice.
Foram 110 propostas inscritas no Edital de Showcases para apenas 5 vagas. Fizeram parte da comissão de seleção: Natacha Maurer, Guilherme Werneck, André Damião, Rachel Brumana, Ligiana Costa, Thiago Cury e Dani Ribas.
Para Dani Ribas, “o trabalho de curadoria musical exige um desapego de predisposições pessoais de gosto, pois há a necessidade de uma análise em referência ao conceito curatorial – e quando não há um, é a curadoria que o cria. No caso do Música Estranha, o conceito é bem definido, embora seja difuso em virtude de sua própria natureza, digamos … estranha. Aí reside a delicadeza do trabalho, pois deve haver uma conjugação entre conceito estético da obra, conceito do festival, questões técnicas (como a maturidade do músico ou banda para um mercado altamente profissionalizado), as opções individuais de cada integrante da equipe de seleção, e finalmente, o trabalho de direção artística. Não é simples, mas a escolha cuidadosa leva a resultados únicos e surpreendentes”.
O Festival Música Estranha acontece de 24 a 26 de novembro de 2016 em quatro espaços da cidade de São Paulo: Jazz nos Fundos, na Praça das Artes, no Centro Cultural São Paulo e na Trackers.