No Brasil são poucas as iniciativas de políticas públicas voltadas especificamente para a música que ultrapassem a modalidade “editais de financiamento”.
A atividade musical hoje, em função de sua complexidade, requer políticas específicas que compreendam variados mecanismos de apoio, e não apenas o aporte de recursos financeiros. Os empreendimentos da área da música são diversificados e atuam em diversas frentes, e cada um deles tem uma necessidade específica para uma atuação qualificada no mercado cultural.
Pensando nessa demanda e no potencial dos empreendimentos culturais para a economia local, a Secretaria de Estado de Cultura do Governo de Brasília criou o programa Território Criativo, que oferece a empreendimentos culturais do DF o acesso gratuito a conteúdos, ferramentas e consultorias para o desenvolvimento seu potencial criativo e de negócios. O Território Criativo é um programa que apoia o desenvolvimento dos empreendimentos culturais, e prevê 60h de capacitações, 16h de prototipagem e 30h de mentorias individualizadas, além de palestras com importantes referências para o empreendedorismo criativo para cada uma das áreas definidas (Música, Audiovisual e Moda). Foram selecionados, através de edital, 5 empreendimentos em cada uma das áreas.
O programa tem a coordenação técnica de Ana Carla Fonseca, profissional reconhecida nacional e internacionalmente na área de Economia Criativa.
Dani Ribas da Sonar Cultural foi uma das profissionais convidadas a participar do ciclo de aceleração dos empreendimentos da área da Música – área coordenada por Fabrício Ofuji (da equipe da renomada Móveis Coloniais de Acaju). No ciclo de aceleração, os empreendedores têm contato com conteúdos mais avançados, além de mentoria com agentes de referência na área.
Em sua apresentação, Dani Ribas falou sobre “Cultura e Consumo da música – como usar indicadores para definir o planejamento estratégico“:
O consumo de música foi totalmente redimensionado pela tecnologia do streaming, elemento que voltou a fazer a indústria da música crescer após 12 anos de crise. A vedete desse crescimento, além do streaming, foi a América Latina segundo dados da IFPI. Os empreendimentos musicais devem saber aproveitar essa janela de oportunidade e se preparar para ela. Entender como funcionam os seus públicos e suas dinâmicas é fundamental – e para isso os empreendimentos devem procurar criar seus próprios indicadores de adesão de público. Além disso, saber trabalhar esses públicos criando projetos de co-curadoria ou proporcionando experiências arrebatadoras de fruição, por exemplo, é algo que não se pode abrir mão nesse contexto. E isso deve estar no horizonte de qualquer planejamento na área da música.
No dia 28/02 foram 4 horas de intenso bate-papo e troca de ideias, com orientações cuidadosamente elaboradas para cada um dos 5 perfis de empreendimentos selecionados.
Acesse a página do Território Criativo para ver outros detalhes sobre o programa e o espaço.
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